princípio da inércia
eram uma inácia, uma inês e uma natércia.
não, não vou desviar a convérsia. apesar de inércia ser nome de domingo, o que eu queria dizer é o que se segue.
qual da necessidade nasce o engenho, qual quê!
a lei do menor esforço é a que nos rege a todos. ponto final.
e já agora um parágrafo.
para não ter tanto trabalho a caçar, inventou-se a lança. e daí por diante. resultado, o mundo tal como o conhecemos. tudo pela lei do menor esforço.
e para não me alongar, que sou preguiçosa, pensem em qualquer coisa. uma qualquer. aposto como tudo remontará a uma tentativa de minimizar o esforço.
e pronto, está provado.
amazement
para uns uma obra de arte. para outros um problema.
calendar girl
[há um ano atrás escrevia onde escrevo hoje, de janela igualmente aberta, o mesmo poiso, as mesmas teclas. só ainda não tinha a cómoda pintada e tinha o resto mais arrumado. e ainda não tinha caído a bomba e ainda não tinha vindo o natal. e ainda falava com quem não falo, e sem a aurora de com quem rio agora. e estava para ir de férias, e agora vou. há um ano atrás não calculava nada, que não sou boa de contas. há esses tantos dias ainda não tinha cometido o único erro de que me arrependo. há tanto atrás ainda não tinha a certeza de ficar com o lugar. de passar a cadeira e a mesa de jantar. ainda não sabia ao que vinha, que nunca se sabe. não imaginava nadinha de todo. como há dois anos antigos também não sonhava o que aconteceria e mais recue, menos adivinhava. há um ano atrás eu achava. e como é tudo em tudo diferente. de colapso a eclipse, de elipse à tontice para depois aterrar e no fim descolar. sem oráculo nem premonição, agora cheia de mundo inteiro, da fome que deu fartura polinsaturadaturbogaseificada, só me sobra e transborda sorrir. sem fim à vista. pára-quedista malabarista absolutista. up, up and away]
NAPOLEON’S A PASTRY
letra de Yip Harburg (o mesmo senhor que fez o over the rainbow)
Napoleon's a pastry,
Bismarck is a herring,
Alexander's a creme de cocao mixed with rum,
And Herbie Hoover is a vacuum.
Columbus is a circle and a day off,
Pershing is a square -- what a pay-off!
Julius Caesar is just a salad on a shelf,
So, little brother, get wise to yourself.
Life's a bowl and it's
Full of cherry pits,
Play it big and it throws you for a loop.
That's the way with fate,
Comes today we're great,
Comes tomorrow we're tomato soup.
Napoleon's a pastry,
Get this under your brow:
What once useta be a roosta'
Is just a dusta' now.
Dubarry is a dipstick,
Pompadour's a hairdo,
Good Queen Mary just floats along from pier to pier,
Venus De Milo is a pink brassiere.
Sir Gladstone is a bag -- ain't it shocking?
And the mighty Kaiser, just a stocking.
The Czar of Russia is just a jar of caviar,
And Cleopatra is a black cigar.
Yes, my honey lamb,
Swift is just a ham,
Lincoln's a tunnel, Coolidge is a dam.
Yes, my noble lads,
Comes today we're fads,
Comes tomorrow we're subway ads.
Homer is just a swat,
Get this under your brow:
All these bigwig controversials
Are just commercials now.
Better get your jug of wine and loaf of love
Before that final bow.
[quem a tiver, que ma envie. agradecidinha da vida]
you have the right to remain silent
picture perfect
mestre de obra
ai
[devia fazer um post em branco. porque sempre nunca nada chega.] tão tanto muito mais sempre e mais sem tempo nem espaço não cabe e expande e quando penso que é impossível mais prova-se o contrário que se atrai. não há muralha da china, estrela cadente ou caipirinha, não há água do mar, tgv ou taj mahal que sirva, onde caiba em alternativa. mais que os himalaias, chocolates incas e ouros maias, boleias de galáxia, a maior casa de campo, e todos os moinhos de praia, nem farol nem vento nem árvores nem firmamento, cleópatra e suas aias, nem folhos nem saias. por mais horizontes que a pontes, gigantes de dantes, picos e elefantes, é o céu. é sempre o céu. o único. o maior, o céu inteiro. e eu aqui, tão embrulhadada. e é sempre de génio, sempre divino no mais pequeno passo, no mais ligeiro abraço e com toda a certeza que a certeza pode ter vos digo que o maior amor é o correspondido. em todo o lado meu amor, devagar e lentamente, a toda a pressa na corrente, nada chega porque o todo multiplica as partes, porque quando te vejo valso, saltos altos em pé descalço e todos os dias são arraial assente, mão na mão, rua sésamo semente. o pulso que bate estreito, o adeus ao parapeito, lua cheia, presente futuro perfeito. o tanto que é tudo, o reflexo incondicional que faz bingo e logo bongo, que os sinos dobram por nós. e é quase inacreditável de tão incrível. e nós sabemos. e só nós sabemos como. e tal é tão que tudo que ai. são festas de tesouros, papoilas a caran d'ache, corridas de balões, serenata saxofone, um ciclone, um recorte no sinal, o aconchego matinal. e sempre mais. faça-se a corte que o meu príncipe chegou. renasça-se o mundo, tudo mudou.
