kitschnet - mini-pratos ao balcão: 09.06


26.9.06

milxerico
. e eu que só sei fazer uma vénia grata ..

posted by pimpinelle

letra de imprensa

público, 14 de Setembro, se bem me lembro. eu compreendo. perfeitamente. mas. e é o mas que chateia.
chega de meter dinheiro nos bolsos do estado...

aposto que a norberta recicla as tampinhas e deita as garrafas fora. sem ofensa.

posted by pimpinelle

- Com que idade regressou a Buenos Aires?
- Tinha vinte ou vinte e um anos. Estive três anos em Espanha, depois visitei Portugal, onde um dos meus objectivos consistia em encontrar os meus parentes. Quando consultei a lista telefónica, havia tantos Borges que era como se não existisse nenhum. Tinha cinco páginas de parentes. O infinito e o zero assemelham-se. Não podia telefonar a cinco páginas de pessoas e perguntar: «Diga-me uma coisa: na sua família houve um capitão chamado Borges de Ramalho, que embarcou para o Brasil em fins do século XVIII ou princípios do XIX?...» No entanto descobri com tristeza que um inimigo de Camões se chamava Borges e tiveram um duelo.
- Esperemos que não fosse um parente seu...
- Farei o possível para que não seja, uma vez que é muito fácil alterar o passado.


Eu, Borges - Imagens, Memórias, Diálogos; 2ª edição; Editorial Labirinto, 1986; trad. Eduardo Saló

posted by pimpinelle

[folhear]

humpty dumpty had a great fall.
let us have a great one too.












*o mourinho não conta, esse atirou-se.

posted by pimpinelle
21.9.06

ropes and fears
pertencer à a trupe dos hesitantes desistentes insistentes

posted by pimpinelle

[no olho da rua]

- ela morre muito na camisola

não era poesia. era só a gravata.

posted by pimpinelle

não me sujeito. sou objectiva.

posted by pimpinelle

apesar de pertecerem ambos à família dos animais metálicos, o macaco e a porca nunca se deram bem.

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contos curtos
[o senhor A e a senhora Z casaram em regime de repartição de finanças.]

posted by pimpinelle

incrível
que o pólo não se jogue num campo magnético.

posted by pimpinelle
20.9.06

deixa cá pôr o pézinho primeiro a ver se a água está boa antes de me atirar ao mar. isto ao princípio custa sempre a entrar. é estranho. basta um gesto de relativização, um toque na bola, golpe de sorte ou teletransporte para tudo mudar. não deixa de me espantar esta grande prática da relatividade. mas pondo os pés na realidade, deixa cá ver que tal se pinta a tela do blogger e que tal correm os dedos pelo alfabeto desordenado colado ao teclado. arejar. arejar aos sacos cheios fez-me bem. toneladas de bem. é como os anúncios actimel mas em dourado. abriram-se os portões para entrarem as delícias aos rebanhos. e eu arrebanhei e apanhei e guardei definitiva e ifinitamente, irremovível a laser, todas os dias em forma de bolas de sabão e neve no cabelo foréveranéver. porque os sonhos se realizam e eu não sabia ou tinha-me esquecido ou. e voltei, de grande volta a portugalaomundo em menos de 80 dias, regressei mais espalhada por aí, ainda mais dada, com mais querer, a acreditar mais, a crer a sério, a ter mais para oferecer, com mais juízos e valores, cheia de gás e vapores. a saber que a minha rotina é feliz e a minha rota ainda mais. a sentir a gratidão sem fim e com razão. a saber a lição de trás prá frente a estar mais dentro do mundo e de todagente. a ver comboios passar, a chegar da temporada, o sal na salada. de cosmoscópio a perceber o sistema lunar, a só precisar de olhar para os lados para poder atravessar. intraduzível entrada. palavras destas enferrujadas porque o sentir ultratrespassa tudo e nessas alturas muito altas é-se recolector e não há cadernos nem mais nada. só asas. pirosas. muitas asas a par e o resto todo que vem sem nome. sem inscrição porque não precisa. porque já tudo é maior e porque nada chega e é parvo contar. porque nestes casos raros, estados soberanos de graça gargalhadinha, contar é inútil. e nem se consegue.

posted by pimpinelle