kitschnet - mini-pratos ao balcão: 06.07


29.6.07

páginas tontas
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eu sabia que isto estava ligeirinho demais para o habitual e que quanto mais tardasse a condenação mais difícil seria escusar o convite e passar a maldição. eis que recebo uma intimação do joão gaspar e nada a fazer senão marchar para a procuradoria geral da estante para que, por vã glória, por ser verdade ou só para encher mais uma folha deste bloco party, cá se assente a minha sentença esboçada sem ordem de chegada e deixando de fora tanto os obrigatórios como os quarenta e oito a meio:

guia triste de paris, alfredo bryce echenique
tao te king, lao tse
há uma rosa na manhã agreste, pedro homem de mello
mortos ou coisa melhor, violeta hernando
quem me dera ser onda, manuel rui


porque isto não fica assim e estas correntes são electrocontagiosas, passo o testemunho ao calvin, ao bhixma, ao samuel uria, ao rs e ao joão maio pinto. agora livrem-se desta.

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26.6.07

não sabe não responde
é aqui que eu moro, caio e caibo. que categoria.

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encanto superior direito
as que mais gosto são as de mudez explícita



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dia 4 ando à roda


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já uma mulherzinha
[sei que estou a crescer quando resisto à compra de uma mala em forma de guitarra. e a outra em forma de rádio. bem, talvez não porque resista, mas porque já tenho uma que é uma televisão e de ter pouco dinheiro para sustentar este vício dos contentores de mão. se calhar. mas resisti e isso contará. ainda que me fique a espinha atravessadinha a tiracolo.
o facto de não me rir quando o outro senhor cantou na aula é constitutivo e não entra na contabilidade assim como a restante parte de mim que é assim. já o facto de me ter rido com o outro a dizer catolichizmo e o outro a falar em água fresca quando se a queria doce isso já é outra conversa. bem, feitas as contas estou a regredir.
tanta coisa cá dentro e depois é isto que me sai. valha-me alguém que caso contrário coiso. falta-me o tempo. e o saco. e tenho muito mais a fazer. e tudo isto soa mal. mas sabe bem. pim!]


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feliz a pobre de espírito
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que isto para mim é que é uma benchmark




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IN MY T-SHIRT AND IN YOUR FACE

obrigada p'lo raminho de salsa

posted by pimpinelle
24.6.07

dias contados

o senhor summer chegou e não disse nada.

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da série "ditos impopulares":
já há revolta quando se pensa que pode haver revolta.
r. m. rilke

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mao mao maria

família feliz é coisa de menu do chinês



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por causa das tosses
a beleza será convulsa ou não será.
breton, nadja

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baby boom
Photo Sharing and Video Hosting at PhotobucketBabies are such a nice way

to start people


disse Don Herold. tive de pedir empestadas, de momento estou sem nenhumas.

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21.6.07

e s t e b l o g e s t á u m b o c a d i n h o s e m p a l a v r a s

posted by pimpinelle
15.6.07

como as cobras
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[virtude virtual]




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meteorologia
ainda não sei bem por onde pegar. mas aí nada de novo. aliás, aqui há poucas novidades colossais que as coisas boas imiscuem-se devagar. nem no olho molhado, que não sendo habitual, também não é raro. mas isto comoveu-me. tudo o que chamou. mais tarde ou mais cedo tudo se entrelaça. vi-te uma vez e sem te sentir à vontade, fui andando e não disse nada. anos depois nesta segunda vez estava com pressa e sem certezas de que fosses de facto tu. com vários dias de atraso cai-me um raio no colo e claro, como foi possível passar todos esses dias sem me dar conta perguntei-me eu. não te negaria mais nenhuma vez e quando fui saber já tinhas picado o ponto e era o último dia. mas não fazia mal que ficava para a próxima que não acredito em últimos dias e pode guardar-se para depois o reencontro e o embaraço. e depois isto. porque é esquisita esta visita à rua onde nos esfolámos, onde o cão ladrava dia e noite, os banhos eram de mangueira, o tempo para gastar muito e o vizinho lavava o carro todos os dias pontualmente. havia meias para apanhar no telheiro dos do r/c, molas no meio das ervas e vários outros vizinhos. os da minha rua que também foi um pouco a tua, o xavier, a edine a aline e a dentine, esta última inventada pelo o meu tio, a fernandaaaaaaa e o joão não muito longe hoje do que eram mas já outros e a garagem deles, os da outra rua e as garagens da nossa. que aqui os nomes eram gritados de lés a lés em forma de eco e se faziam guerras aos vizinhos, desenhos a giz no alcatrão e lanches tu cá tu lá, entre segredos e gravações de cassetes. ode houve primos no verão e festas de anos. a rua onde vivi, terceiro andar esquerdo com vista para a serra e para o mar e um venham jantar garantido. na rua de e para onde olhei tanto, à janela de lápis na mão a perceber que não tinha jeito para o desenho, na outra janela de periquito na corda da roupa, na outra à espera de quem chegasse, e de novo na primeira a fumar o cigarro clandestino. as pernas foram deixando de caber entre as grades e nunca mais tive dessas pilhas gordas que alimentavam o rádio mas o monopólio está guardado. que o tempo estuga o passo, empurra os peões para a frente e passa a vida muito vite. o prédio foi perdendo a cor e ainda não o repintaram. já lá não estamos mas passo ao largo por vezes. agora ninguém lá anda de bicicleta mas ouvem-se os amoladores. ninguém atira coisas pedidas e chaves esquecidas da janela, nem se magoam zangam e amigam nem procuram pistas nem inventam conspirações. embora esteja tudo igual. não pude evitar os olhos de água e sal porque o tempo é ladrão e apesar da casa cheia há buracos cá dentro onde faz corrente de ar. foram tardes enormes e dias de correria apanhada escondidas, saltos de corda e patins em linha a trepidarem no alcatrão. fomos tantos mas até sozinha tinha piada. foste a última novidade da rua que recordo e lembro-me de ter ficado contente com isso de a minha irmã ter encontrado uma amiga esperta e divertida. lembrei-me de ti quando o george michael cá veio. e a minha irmã ainda hoje gosta do axl rose por tua causa. custa-me o abanão que o recuo traz porque uma vez a andância pra diante os virares de cabeça vão escasseando e depois é uma surpresa. não se fazem pesamentos, aprecia-se. apreciar que apesar da piroseira do termo é uma fruição contemplativa. fico contente por estares bem e nem esperava outra coisa. havemos de falar depois para substituir esta imagem que tenho de ti pequena. remexer nos arquivos vivos é sempre bom e eu sempre gosto. ultimamente tem-me chegado muita coisa vinda dos passados, talvez porque as coisas nunca tenham andado tão rápidas. a vida alonga-se mas alinha-se. o tempo, esse grande terrorista. não sobra muito para teorizar. asnática como il faut e tão feliz como nunca. não páro de fazer anos. tenho um blog há dois. da nova casa também vejo o mar e há um cão que também ladra a toda a hora.
a minha irmã vai ter o filho na segunda-feira.

posted by pimpinelle
12.6.07

este blog




cheira



a lisboa


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«é perigoso ser-se absolutamente fiel a uma ideia. especialmente se for a única»


frase de já ão me lembro quem. que fixo as ideias nos papéis e eles fogem-me. só não perco a cabeça porque já a perdi.

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a parte que me toca
aqui ao pé de rabo na boca feito à mão escolhido a dedo debaixo do nariz todo ouvidos pelos cabelos na ponta da língua e de joelhos com quantos dentes tenho pelos cotovelos a morder os calcanhares, aos ombros e às costas porque de pernas para o ar de barriga cheia em plenos pulmões, a pulso com os olhos bem abertos e das tripas coração.

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11.6.07

de como a nossa espécie é simplesmente odiosa.

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futurografia

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9.6.07

sonhos do livro
Se um homem atravessasse o Paraíso no seu sonho e lhe dessem uma flor como prova de que tinha estado ali, e se ao acordar encontrasse essa flor na sua mão, então que acontecia?

S. T. Coleridge 1772-1834


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despojos do dia e outro lixo variado nos bolsos
a alice vieira* mastiga a boca de pastilha extremamente aberta.

*uma simpatia de senhora

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na impossibilidade de amar a humanidade inteira, direi um só segredo a um só ouvido
Luíza Neto Jorge

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ex equo
ia pôr-me ontem a discursar, acaloradamente, claro, como é apanágio da demoisele que nem doutro modo o sabe fazer, acerca da raiva que me dá pra muitos o cool que é ser-se deprimido. blazer coçado e mais acessórios que se lhe queira juntar para apurar o cozido. se for género menina ah então atire-se-lhe com olhos grandes. e tudo tem de fumar muito, fazer que bebe mais, muito autocontemplativo e o bardo do tédio que a vida é. a indifrença, os rasgos de marginalidade que se queria génio, muita ferida por lamber, supiros oscilantes entre a saudade e o nojo. tudo isto m'enerva quando o prato vem cheio demais. e voltimeia num assomo nietzschiano apetece-me fazer uma lavagem cerebral a todas as cabeças que merecessem ser poupadas à minha ira. só que não dá. caso contrário o mundo era um lugar ainda mais bizarro do que aquele que de facto é e eu teria poderes investidos em mim que não interessam a ninguém. nha nha nha que porcaria nha nha nha a vida é uma que poça e eu pisei-a nha nha nha ninguém me quer nha nha nha estou bloqueado nha nha nha. dêm-me uma pausa que tanta alma definhada é dificil de digerir duma só vez. as palavras aparecem no écran e parece-me longe daquilo que queria dizer. either way, assim é e nada posso fazer. enfim, o que dizer. compreendo mas não me apetece passar a mão no pêlo e assinar essa petição que tantas vezes minerva. por um lado é bom que o ser humano possa fazer esta coisa por vezes abeçoada que o disfarçar. ser telepata podia ser interessante, mas quel abismo. já disse que não quero superpoderes para nada, habituei-me às minhas grandes pequenas limitações. mas nem só de drama vive o homem. isto era o que eu ia dizer maizoumenos, claro, que faço sempre outra coisa, muitas vezes menor e esta seve só para amostra. mas vá-se lá saber, isto do mundo a funcionar é bonito, e eu, umas horas depois, com o passar do tempo, eis que m'assola a mesma náusea. bem sei que é provavelmente de origem fisiológica e sempre passageira, mas instalou-se. e não digo mais nada caso contrário arrependo-me. nha ha nha.

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desempregada de longa adoração
eu bem me quero vir embora mas o último dia nunca mais se ultima.

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produto interno bruto
mais ou menos o que todos trazemos palpitantemente ao peito.

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6.6.07

tire-se-lo chapéu
parabéns irmão delúcia.

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post de abastecimento
como dizia o padre, quem não sabe cantar não canta.
e é dos encontros que a vida é feita e na fogueira das cumplicidades que se abrasa o ser.
e ai como é bom dar e receber tanto tudo e de todas as maneiras.
ah, e isso também achei ao princípio, e fui temendo sempre até que I was proved wrong de todas as vezes. e ainda bem. mesmo ainda bem.
o alarde que m'habita de vez em choque não é constante, mas sabe a ginja e calha melhor.
não me desculparei de nada, nem da borbulha eventual. e também não espero ser perdoada. do e a mais ou menos, da exclamativa agitação
assim, de uma cajadada, matam-se os dizeres em que se me afoga o coração. que os tempos nada mortos m'enlevam em nuvens claras, sinos doidos e mão na mão. a felicidade não se sacrifica à estética, é-a toda ela toda eu quando em vez de fazer frio, soleu e o mundo promete.
e tu, smeagol, volta para o pesadelo de onde saíste.
não parece fazer sentido claro pois não porque pois sim juntei tudo num. mas isto cada um é rei do seu torrão e não presto contas a segundos. assim o tempo perde-se melhor. seguro-o pela crina e lá vamos nós, abismo acima.



posted by pimpinelle

quote apart
faço sempre outra coisa.
disse o fernando grade e digo eu também.




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5.6.07

limpa-se ao jornal
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não vou explicar porque é que estava a ler ontem o 24h. mas o carlos castro está senil e/ou a receber mensagens do planeta dele sem ter o cuidado de as traduzir.


posted by pimpinelle

o silêncio é douto
nunca recebo tantas visitas como quando não escrevo. como vos entendo.

posted by pimpinelle