kitschnet - mini-pratos ao balcão: 04.14


30.4.14

Percebi tudo mal

 

Estava à espera que o piano me caísse na cabeça, mas fui eu que caí em cima do piano.


posted by pimpinelle
29.4.14

Claridade

(c) eduardo pigatto

posted by pimpinelle
28.4.14

«Escuta o teu corpo»
O meu fala mal de mim nas minhas costas.


posted by pimpinelle
27.4.14

Portubelo




posted by pimpinelle
21.4.14

Começar. Devagar.
Começar a ler um livro, a ver um filme, a ouvir uma música. Há as artes súbitas como um quadro, um templo, ainda que se vejam devagar. E há as que se vão desenrolando gradualmente nesse devagar. Porque o devagar de um quadro ou de uma catedral vem vindo depois. E eu falo do começar. Estou suspenso do que se vai revelar, ver, ouvir no que não é senão anúncio como o começo do dia. Ter todas as hipóteses do possível, ser Deus antes de o ser, em nós ou no que em nós o vai ser. Nesse começar não acontece quase nada, para ser só expectativa de acontecer tudo. Lêem-se as primeiras palavras, os primeiros indícios do que vai acontecer em grandeza e plenitude. Ou olha-se uma criança e interrogamo-nos sobre o génio possível, ou o herói possível, mesmo o possível criminoso. A dimensão do possível é a do máximo que se pode imaginar, o não ser ainda é o ser já tudo a ser. Começar. O Deus que ergueu a mão. O absoluto do que o é no nosso imaginar. A suspensão de nós para a aparição que vai dar-se. O momento infinito da promessa. O absoluto do terrível e da ameaça. O instante da revelação que vai abrir-se. O encantamento e o medo. A anunciação do destino.

Vergílio Ferreira, Pensar, p. 94.

posted by pimpinelle
11.4.14

spring's teen
mimavera, primavele

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10.4.14

Sublinhado da Silva

«[...] só há homem quando se faz o impossível; o possível todos os bichos fazem.»

Agostinho da dita


posted by pimpinelle
9.4.14

cidadeles
um homem faz amor
com a cidade
ela engravida dele
que nasce nela
todas as manhãs

posted by pimpinelle