kitschnet - mini-pratos ao balcão: 11.17


29.11.17

Boas intenções
As velhotas do meu bairro alimentam-se mal, alimentam rancores, recebem ou mendigam pensões de alimentos, regateiam e pedem fiado na mercearia. Nenhuma delas tem tão bom aspecto como os gatos a que dão de comer, muito gordos, quase rebolam, de tão cheios nem vão aos restos do salmão.

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28.11.17

Estado das loisas

Lemos os jornais para não acreditarmos neles.

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26.11.17

Dodot . Lindor . Dior

A Cara, de 25 anos,


é a nova cara de um anti-rugas.

Nada apaga os sinais dos tempos.

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24.11.17

Pódios

A nossa bandeira é muito feia, mas a do Zimbábue tem um pombo sentado numa fatia de bolo.

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22.11.17

Milagre!

Ela chupou-lhe os tomates que ele não tinha.



{A linguagem neste blogue está cada vez mais rasa. Desculpe, mãe. É tudo por amor à arte.}

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2007-2017, descubra as deferências
Os condutores param mais vezes para deixar passar o peão, e fazem-no de bom grado. É outra oportunidade para actualizarem o seu estado.

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17.11.17

Depois compramos este, aquele, ou outro pó miraculoso, que vai deixar as vizinhas a roerem-se de inveja, frustradas, as pobres, com a sua roupa menos superbranca, menos maxibranca, com a sua roupa cujo branco parou, não vai todos os dias progressivamente aumentando, a caminho do infinitamente branco.
Maria Judite de Carvalho, O Homem no Arame

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16.11.17

Lojismos
Fechei o Facebook e vim espreitar o blogue. Uma rapariga tem de se distrair com qualquer coisa. Só me revejo aí em metade que para aqui vai. Mas o assinalável é a barra de links para outros blogues, com as suas barras de links. Está tudo deserto, fechado, já lá não mora ninguém. Ruínas digitais, centros comerciais falidos. Alguns deixaram os arquivos intactos, outros lamentam mas são só para visitantes com acesso autorizado. Em quase todos há estática onde havia imagens, letreiros do Photobucket onde dantes tínhamos conta. Voltei da guerra e a cidade está muda, talvez um eco ao longe, mas ninguém que eu conheça. Já não vou encontrar os outros, mas, aos poucos, vou-me reencontrando a mim, batendo às minhas portas, acendendo as luzes, neóns com problemas no arrancador, única cliente do meu peixe.

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